É óbvio que o Projeto político pedagógico vê a escola como um todo através de planos e metas, planejamentos e estratégias prevendo quais dimensões pedagógicas pode alcançar. Logo, é a ferramenta gerencial que auxiliará a escola a definir suas prioridades, a converter-las em metas educacionais, por outro lado torná-las concretas, evidenciando o processo ensino aprendizagem em algo mais consistente, sem improvisação, visando obtenção de resultados de forma mais eficiente, intensa, rápida e segura.
Para facilitar o trabalho, as melhores estratégias deverão ser escolhidas, conseqüentemente fundamentar o Projeto que norteará toda Unidade Escolar. Acredito que a mobilização da comunidade escolar no sentido da construção coletiva do PPP, seja necessário à utilização de um conjunto de ações articuladas entre si, o que significa a necessidade de uma vinculação estreita entre objetivos da mobilização e meios usados para tal fim como:
- Qual a melhor maneira de mobiliza as famílias?
- Todos os funcionários?
- Quais instrumentos de comunicação usar?
- Qual conteúdo dessa comunicação?
- Pode-se usar a mesma estratégia para todos os segmentos da comunidade escolar?
- Que recursos utilizar? A escola dispõe desses recursos?
- A campanha de mobilização durará quanto tempo?
- Envolver outros segmentos externo a comunidade escolar?
- Qual local?
- Qual é a data de inicio, meio e fim?
- Exposição do conteúdo desse PPP?
- Local de exposição do PPP?
- A que ponto o PPP deve ser flexível?
- Quais alunos devem participar?
Portanto, é comum encontrarmos um farto acervo bibliográfico, que oferece regras, técnicas para trabalho com grupos, instrumentos para diagnósticos, técnicas de mobilização e de motivação etc., numa pretensa afirmação de que apenas o domínio do “como fazer” pode garantir a eficiência de um processo. No entanto, entre os meios e os seus fins, entre as formas de mobilização e as finalidades da mesma, só é possível determinar os meios, se tivermos claros seus fins, pois a prática do cotidiano escolar muitas vezes se distância da teoria dos livros.
Penso que o coletivo deve existir desde a organização, a mobilização até a construção final do PPP. Assim, se a finalidade é articular a comunidade escolar para um processo de participação democrática, cujo objetivo é a construção de um projeto escolar, o “como fazer” essa primeira mobilização deve estar estreitamente vinculado a particularidade de cada segmento da comunidade escolar, combinando estratégias de cunho também individual - como carta-convite para participação, seminários, palestras entre outros.
Concluo dizendo, que a mobilização, implica conjugar multiplicidades em torno de um objetivo comum. Implica também na difícil tarefa de negociar, gerenciar e buscar concordâncias, isso não significando anular diferença e opiniões.
Nenhum comentário:
Postar um comentário